(Foto: Reuters)
Entre o herói e o vilão, às vezes, há uma linha
tênue, formada por uma fração de segundo ou pelo espaço de alguns centímetros -
a largura de uma trave, talvez. Foi o que ocorreu com a nossa seleção no último
sábado, e que, obviamente, não se aplica a Júlio César, vilão da última copa, e
candidato a herói dessa. Depois de um jogo péssimo, todos esses a quem é
atribuído o ato de heroísmo, estariam na panela do diabo, caso nosso adversário
não tivesse errado aquele pênalti ou o goleiro não
tivesse defendido aquelas bolas.
O juiz errou no gol anulado do Brasil, mas o Hulk
também falhou naquela bola que resultou no gol do Chile, e depois ainda errou
um pênalti. O rapaz do hiperglúteo ficou entre a cruz e a espada e foi salvo
pelo gongo, assim como toda a nossa seleção. Na minha opinião, faltou o dedo do
técnico, que parecia perdido entre os dedos táticos do Parreira, e que ora
recebe louros por ter bancado a convocação de Júlio César, a contragosto de
muitos.
É bom lembrar que o gol do Brasil foi feito por
um chileno, atrapalhado pelo nosso zagueiro, depois de uma cabeçada do outro
zagueiro, ou seja, o ataque não funcionou, nem o meio de campo. Às vezes o
otimismo suplanta o temor, a vontade supera a deficiência, e a sorte oculta a
incompetência, mas é bom o Felipão colocar as barbas (ou o bigode) de molho,
porque a parada começa a apertar daqui pra frente. Vamos, Brasil!
Nenhum comentário:
Postar um comentário