segunda-feira, 31 de maio de 2010

Apátrida em pátria de patéticos patriotas


Nessa copa,
Nem um copo de cerveja
Nem cachaça, nem garrafa na mesa da copa ou da sala.

Nessa patética pátria com o seu patriotismo de ocasião, serei apátrida.
Na maravilhosa, excêntrica e cosmopolita África do Sul
Torcerei para mama, Mama-África, mama cadela, pátria preta e branca de Mandela.

Rei dos reis.
Guerreiro, vencedor, campeão entre brancos e pretos.
Seu legado vai além das tribos, das savanas, dos desertos do continente negro.

Por aqui, patriotas alvoroçados, vestidos de amarelo, num orgulho fugaz que começa com uma bola na rede e termina com um pôster na parede, não passam de marionetes, manipuladas por quem se apoderou do nosso futebol.

Da arte moleca a produto de exportação. De futebol de várzea a espetáculo de televisão.

Nossos moleques, que corriam pelos empoeirados campinhos de futebol, agora são escravos de marcas e de clubes milionários.
Nós, os patéticos espectadores, somos alvos bombardeados por comerciais de TV, enquanto nos vemos atados pelas amarras de um espetáculo de homens e bola.

Panis et circense, pão e circo aos alienáveis e, aos vencedores, as batatas. Rufles, de preferência. Enquanto babamos numa mulher gostosa com uma garrafa de cerveja gelada, e nos gargalhamos com uma piada sem graça no final, a bola continua rolando, e com ela, nossas cabeças.

Enquanto consumimos o espetáculo bilionário, tanto quanto nos consomem os cérebros, na condição de potenciais consumidores. Débeis e sensíveis cérebros, que já não nos pertencem mais. Nossas massas encefálicas jazem nas mãos daqueles para quem nos vendemos por um pedaço de osso chamado televisão.

terça-feira, 25 de maio de 2010

"Veja foi indispensável para construir o neoliberalismo"


ENTREVISTA / CARLA LUCIANA SILVA
"Veja foi indispensável para construir o neoliberalismo"

Por Lia Segre em 11/5/2010
Reproduzido do Observatório do Direito à Comunicação, 7/5/2010

Carla Luciana Silva, professora do curso de História da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), passou meses dedicando-se à leitura paciente de pilhas de edições antigas da revista Veja. A análise tornou-se uma tese de doutorado, defendida na Universidade Federal Fluminense, e agora, em livro. "Veja: o indispensável partido neoliberal (1989-2002)" (Edunioeste, 2009, 258 páginas) é o registro do papel assumido pela principal revista do Grupo Abril na construção do neoliberalismo no país.

A hipótese defendida pela professora é de que a revista atuou como agente partidário que colaborou com a construção da hegemonia neoliberal no Brasil. Carla deixa claro que a revista não fez o trabalho sozinha, mas em consonância com outros veículos privados. Porém, teve certo protagonismo, até pelo número médio de leitores que tinha na época – 4 milhões, afirma Carla em seu livro.

"A revista teve papel privilegiado na construção de consenso em torno das práticas neoliberais ao longo de toda a década. Essas práticas abrangem o campo político, mas não se restringem a ele. Dizem respeito às técnicas de gerenciamento do capital, e à construção de uma visão de mundo necessária a essas práticas, atingindo o lado mais explícito, produtivo, mas também o lado ideológico do processo", afirma trecho do livro.

O livro pode ser adquirido diretamente com a autora, através do email carlalssilva@uol.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email.

***

Uma verba invejável

Sobre o título do livro, por que "indispensável"? É uma brincadeira com o slogan da Veja ou reflete a importância da revista para o avanço do neoliberalismo no Brasil?

Carla Luciana Silva - O título é uma alusão ao slogan da revista e ao mesmo tempo nos lembra que ela foi um sujeito político importante na construção do neoliberalismo. A grande imprensa brasileira foi indispensável para que o neoliberalismo tenha sido construído da forma que o foi. A Veja diz ser indispensável para o país que queremos ser. A pergunta é: quem está incluído nesse "nós" oculto? A classe trabalhadora é que não é.

Quais os interesses defendidos por Veja?

C.L.S. - Os interesses são os dominantes como um todo, mais especificamente os da burguesia financeira e dos anunciantes multinacionais. Em que pese o discurso de defesa da liberdade de expressão articulado à publicidade, o que importa para a revista são os interesses em torno da reprodução capitalista. A revista busca se mostrar como independente, o que se daria através de sua verba publicitária. É fato que a revista tem uma verba invejável, mas isso não a transforma no Quarto Poder, que vigiaria os demais de forma neutra. Ao mesmo tempo em que ela é portadora de interesses sociais, faz parte da sociedade, a sua vigilância é totalmente delimitada pela conjuntura e correlação de forças específica. O exemplo mais claro são as denúncias de corrupção e forma ambígua com que Veja tratou o governo Collor, o que discuto detidamente no livro.

Privatização do ensino é uma meta

Isso significa defender atores e grupos específicos? E, ao longo dos anos, estes atores mudam?

C.L.S. - Essa pergunta é mais difícil de responder, requer uma leitura atenta, a cada momento histórico especifico. A revista não é, por definição, governista [no período estudado]. Ela é defensora de programas de ação. No período analisado (1989-2002), sua ação esteve muito próxima do programa do Fórum Nacional [www.forumnacional.org.br] de João Paulo dos Reis Velloso. Ela busca convencer não apenas seus leitores comuns, mas a sociedade política como um todo e também os gerentes capitalistas.

E que relação Veja estabelece com grupos estrangeiros?

C.L.S. - Essa é outra pergunta que requer atenção e mais estudos. O Grupo Abril não é um grupo "nacional". Suas empresas têm participação direta de capital e administração estrangeira. Primeiro, é importante ter claro que o Grupo Abril não se restringe a suas publicações. A editora se divide em várias empresas, sendo que a Abril é majoritariamente propriedade do grupo Naspers, dono do Buscapé [site de comparação de preços] e de empresas espalhadas pelo mundo todo, da Rússia à Tailândia. Essa luta pela abertura de capital [no setor das comunicações] foi permanente ao longo dos anos 1990 e a Abril foi o primeiro grande conglomerado [de comunicação] brasileiro a abrir seu capital legalmente. É bom lembrar que o grupo tem investido bastante também na área da educação, e por isso a privatização do ensino continua sendo uma meta a atingir.

Um aparelho privado de hegemonia

Aconteceram várias edições do "Fórum Nacional" no período em que faz sua análise. Por que Veja defendeu com tanto afinco as resoluções, especialmente econômicas, saídas desse Fórum?

C.L.S. - O Fórum Nacional tem vários títulos. Eles [os integrantes do Fórum] foram se colocando ao longo dos anos, desde 1988, como intelectuais que pensam o Brasil e defendem programas de ação – as formas específicas de construção de um projeto sócio-econômico, que mudaram ao longo dessas duas décadas. Não existe um vínculo orgânico da revista com o Fórum, ao menos não o comprovamos, mas existe uma afinidade de programa de ação. A tentativa de reforma da Constituição em 1993 foi um bom exemplo, conforme desenvolvo no livro.

No livro, você aponta que a Veja "comprou" as idéias no Fórum Nacional, transformando-as numa verdadeira cartilha econômica para salvar o Brasil no começo dos anos 90. Quais seriam os principais tópicos desta "cartilha"?

C.L.S. - O Fórum Nacional surgiu em 1988 como uma forma de organizar o pensamento e ação dominante. Ele se constituiu um verdadeiro aparelho privado de hegemonia, buscando apontar caminhos para a forma da hegemonia nos anos 1990. E existe até hoje, fazendo o mesmo. Portanto, ele não é apenas uma fórmula econômica, mas de economia política. Tratou de temas relevantes como "modernidade e pobreza", "Plano Real", "segurança", "estratégia industrial", "política internacional", sempre trazendo intelectuais considerados top do pensamento hegemônico para ver, a partir de suas pesquisas, quais caminhos deveriam ser seguidos, não apenas pelos governos, mas também pela sociedade política, ditando os rumos da economia.

Compromisso com a privatização

Essa "cartilha" econômica foi atualizada? Você se recorda de alguma campanha recente em que a revista tenha tomado a frente?

C.L.S. - A atualização é constante, mas não é uma cartilha. O Fórum e a revista são independentes um do outro, ao que parece, não há um vinculo orgânico. Mas Veja assumiu várias campanhas, sendo a principal delas a manutenção do programa econômico de Fernando Henrique durante todo o governo Lula. A blindagem feita ao presidente Lula da Silva foi imensa, especialmente se compararmos com o que foi feito do caso do mensalão ao que ocorreu no governo Fernando Collor. O que explica isso parece ser claramente a política econômica [de FHC e reproduzida por Lula] que garantiu lucros enormes aos bancos e a livre circulação de capitais, além de outras políticas complementares.

Qual foi a importância da revista para a corrente neoliberal desde Collor? Dá para mensurar?

C.L.S. - Foi muito importante, mas não dá pra mensurar. É importante que tenhamos claro que o neoliberalismo não é uma cartilha, por mais que se baseie em documentos como o Consenso de Washington, por exemplo. Ele não foi "aplicado". Foi construído como projeto de hegemonia desde os anos 1980. A grande imprensa participou da efetivação de padrões de consenso fundamentais: as privatizações, o ataque ao serviço público, a suposta falência do Estado. É importante olharmos hoje, pós-crise de 2008, para ver que muitos desses preceitos são defendidos como saída da crise.

Qual a importância de Veja para as privatizações?

C.L.S. - Difícil medir dessa forma. Posso falar da importância das privatizações para Veja: elas precisavam acontecer de qualquer forma. E isso era um compromisso com o projeto que representava e com os seus interesses capitalistas específicos, do Grupo Abril. É bom lembrar que a criação de consenso em torno desse ideal foi importante para que o grupo pudesse abrir seu capital oficialmente ao capital externo.

A "porta-voz" dos interesses da nação

Veja deixa de ser neoliberal para ser neoconservadora? Digamos assim, amplia sua atuação do debate econômico, fundamental à implantação do neoliberalismo, e passar a fazer campanhas também em outras pautas conservadoras?

C.L.S. - Não vejo essa distinção. Neoliberalismo foi um projeto de hegemonia, uma forma de estabelecer consenso em torno de práticas sociais específicas. A forma do capitalismo imperialista, portanto, não se restringe à economia. A política conservadora sempre esteve presente no neoliberalismo, haja visto a experiência de [Ronald] Reagan [presidente dos Estados Unidos] e [Margareth] Thatcher [primeira-ministra da Grã-Bretanha], a destruição do movimento sindical, a imposição do chamado pensamento único. Por esse caminho chegou-se a dizer que a história tinha acabado e que a luta de classes não fazia mais sentido. Os movimentos sociais foram duramente reprimidos e, além disso, se buscou construir consenso em torno de sua falência, o que foi acompanhado pelo transformismo dos principais partidos de esquerda, especialmente no Brasil. O que vemos hoje é a continuidade dessa política. Os dados dos movimentos sociais denunciam permanentemente o quanto tem aumentado a sua criminalização ao passo que os incentivos ao grande capital do agrobusiness só aumenta.

Existem diferenças muito contundentes entre a Veja de 89, a de 2002 e a de hoje?

C.L.S. - Há diferenças, claro. Havia, em 1989, um grau um pouco mais elevado de compromisso com notícias, com investigações jornalísticas, o que parece ter se perdido totalmente ao longo dos anos. A revista se tornou uma difusora de propagandas, tanto de governos como de produtos (basta ver as capas sobre Viagra ou cirurgias plásticas).

Já nos primeiros capítulos do livro, você chama atenção para o fato de Veja ser muito didática e panfletária quanto ao liberalismo. Ela deixou de fazer apologia ao neoliberalismo de maneira tão clara?

C.L.S. - Teria que analisar mais detidamente. Essa é uma coisa importante: sentar e ler detidamente, semanas a fio, para podermos concluir de forma mais segura a posição da revista.

Em algum momento do período analisado a revista foi muito atacada por alguma cobertura específica?

C.L.S. - Sim, a revista teve embates, especialmente com a IstoÉ e, posteriormente, com a CartaCapital. Essas revistas talvez tenham ajudado a tirar uma ou outra assinatura de Veja em conjunturas especiais. O caso Collor não é simples como parece. A revista Veja fazia campanha nas capas mostrando o movimento das ruas e dentro do editorial ia dizendo que o governo deveria ser mantido em nome da governabilidade. Foi quando isso se tornou insustentável que ela defendeu a renúncia do presidente (e não o impeachment). Mas depois, construiu uma bela campanha publicitária. A Abril colocou luzes verde-amarelas em seus prédios, lançou botton comemorativo, para construir memória, dizer que foi ela que derrubou Collor. O importante é a gente perceber que não é esse o movimento mais importante. O importante é a gente ter instrumentos contra-hegemônicos que nos permitam construir uma visão efetivamente critica do que está acontecendo. É importante ressaltar que ela [Veja] sempre fala como se fosse a porta-voz dos interesses da nação, do país, da sociedade, e como se não fosse ela portadora de interesses de classe.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Não verás Lula nenhum



Em linhas gerais, Luís Fernando Veríssimo disse, em artigo recente, que as gerações futuras de historiadores terão enorme dificuldade para compreender a razão de, no presente que se apresenta, um presidente da República tão popular como Luiz Inácio Lula da Silva ser alvo de uma campanha permanente de oposição e desconstrução por parte da mídia brasileira. Em suma, Veríssimo colocou em perspectiva histórica uma questão que, distante no tempo, contará com a vantagem de poder ser discutida a frio, mas nem por isso deixará de ser, talvez, o ponto de análise mais intrigante da vida política do Brasil da primeira década do século XXI.
A reação da velha mídia nativa ao acordo nuclear do Irã, costurado pelas diplomacias brasileira e turca chega a ser cômica, mas revela, antes de tudo, o despreparo da classe dirigente brasileira em interpretar o força histórica do momento e suas conseqüências para a consolidação daquilo que se anuncia, finalmente, como civilização brasileira. O claro ressentimento da velha guarda midiática com o sucesso de Lula e do ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores, deixou de ser um fenômeno de ocasião, até então norteado por opções ideológicas, para descambar na inveja pura, quando não naquilo que sempre foi: um ódio de classe cada vez menos disfarçado, fruto de uma incompreensão histórica que só pode ser justificada pelo distanciamento dos donos da mídia em relação ao mundo real, e da disponibilidade quase infinita de seus jornalistas para fazer, literalmente, qualquer trabalho que lhe mandarem os chefes e patrões, na vã esperança de um dia ser igual a eles.
Assim, enquanto a imprensa mundial se dedica a decodificar as engrenagens e circunstâncias que fizeram de Lula o mais importante líder mundial desse final de década, a imprensa brasileira se debate em como destituí-lo de toda glória, de reduzí-lo a um analfabeto funcional premiado pela sorte, a um manipulador de massas movido por programas de bolsas e incentivos, a um demagogo de fala mansa que esconde pretensões autoritárias disfarçadas, aqui e ali, de boas intenções populares. Tenta, portanto, converter a verdade atual em mentiras de registro, a apagar a memória nacional sobre o presidente, como se fosse possível enganar o futuro com notícias de jornal.
Destituídos de poder e credibilidade, os barões dessa mídia decadente e anciã se lançaram nessa missão suicida quando poderiam, simplesmente, ter se dedicado a fazer bom jornalismo, crítico e construtivo. Têm dinheiro e pessoal qualificado para tal. Ao invés disso, dedicaram-se a escrever para si mesmos, a se retroalimentar de preconceitos e maledicências, a pintarem o mundo a partir da imagem projetada pela classe média brasileira, uma gente quase que integralmente iletrada e apavorada, um exército de reginas duartes prestes a ter um ataque de nervos toda vez que um negro é admitido na universidade por meio de uma cota racial.
Ainda assim, paradoxalmente, uma massa beneficiada pelo crescimento econômico, mas escrava da própria indigência intelectual.

Leandro Fortes
http://brasiliaeuvi.wordpress.com/2010/05/18/nao-veras-lula-nenhum/

quinta-feira, 20 de maio de 2010

É hora de dar apoio aos professores

Com salários míseros, escolas em péssimo estado de conservação e precárias condições de trabalho. É esse o cenário que o professor encontra para executar uma das mais importantes atividades do país: educar.

É um egoísmo da parte de quem critica a greve dos professores, com uma visão minimalista de quem não consegue fazer uma reflexão mais profunda do problema. Não se pode apontar o efeito sem analisar a causa.

Há quanto tempo a classe não recebe aumento. Se o profissional da educação não é valorizado, desvaloriza-se também a própria educação. Achar que a volta dos professores às salas de aula resolverá o problema é uma ilusão.

Nossos professores são bons? Não possa afirmar, mas se não são, serão substituídos por quem? Que maluco vai investir uma grana preta na sua formação superior para depois receber uma merreca do governo?

Se se paga bem, claro que fica fácil encontrar bons profissionais no mercado, em qualquer área, mas se não há uma boa oferta salarial, tem-se que se submeter ao profissional que aceitar aquela remuneração, por pior que seja. Não que os professores da ativa são ruins, mas se a coisa continuar assim, haverá uma tendência a isso.

Antes de tudo, reivindicar melhores salários para os professores é cobrar maiores investimentos em educação. É assim que essa questão precisa ser enxergada. Por isso, pais, alunos e toda a sociedade precisam abraçar essa causa como se fossem suas, por tratar-se de uma questão que afeta a todos.

O pior de tudo é quando você tem um governo, que apesar de também ser um educador, não consegue enxergar a educação como uma questão de saúde e segurança públicas, de qualidade de vida e de crescimento cultural de todo o país, a partir do desenvolvimento intelectual das pessoas que o formam.

Por outro lado, tem-se uma mídia comprometida econômica e politicamente com o governo. Uma imprensa que omite os fatos e procura macular o movimento grevista, publicando argumentações pequenas perto da grandeza da causa que motiva essa greve.

Dar aumento aos professores é uma medida necessária, cujos resultados virão em longo prazo, no entanto, tem que ser feito já. E esse aumento deve vir somado à investimentos na infraestrutura das escolas, e na própria consciência das pessoas de que, no futuro, a profissão de educar voltará a ter a romântica missão de ensinar e a real possibilidade de ser bem pago por isso.

Foto Histórica


Essa semana o Presidente Lula mostrou que, se os Estados Unidos são “Os Senhores da Guerra”, ele é “O Cara da Paz”. Essa foto de Ricardo Stuckert/Abr entrará para a história, caso o acordo sobre enriquecimento de urânio, fechado entre Irã, Brasil e Grécia, tenha progresso, ou que EUA e outros países membros da ONU não joguem areia no ventilador.

Até quando a grande mídia vai esconder isso?



Em greve, os trabalhadores em educação da rede pública estadual reuniram cerca de 15 mil pessoas na Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na terça-feira, 25 de maio de 2010.

A grande mídia de Belo Horizonte, que tem rabo preso com políticos, escondeu o fato.

Isso faz lembrar a campanha pelas Diretas Já, quando um milhão de pessoas compareceram na Praça da Sé, em São Paulo, exigindo o direito de voto. Na época, a Globo noticiou o fato, no Jornal Nacional, como sendo apenas uma comemoração pelo dia do trabalhador.